fbpx

Marketing Low Touch: relacionamento marca-cliente

Compartilhar esta publicação

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter
Compartilhar no email

A expressão high tech – low touch é usada por quem trabalha na área do marketing digital para indicar que o uso intensivo de tecnologia (high tech) no âmbito da gestão de relacionamentos provoca, com frequência, uma menor interação pessoal (low touch) entre as empresas e os seus clientes.

Equilibrar estas duas vertentes é um desafio conhecido que, independentemente das enormes oportunidades que o digital proporciona, chama a atenção para o fato de não se poder deixar de atender à necessidade de compensar o afastamento físico com outras formas de contato que assegurem a necessária e desejada proximidade relacional.

A atual pandemia voltou a colocar na agenda esta problemática. Só que agora o driver não é o digital, mas o distanciamento social imposto pela crise sanitária. Em outras palavras, não foi o high tech que provocou o low touch, mas a necessidade de low touch que induziu um maior recurso ao high tech.

Com efeito, a Covid-19 provocou alterações no comportamento do consumidor que vieram para ficar: aversão a espaços de consumo que agreguem muita gente (como, por exemplo, os eventos desportivos e os festivais de música), reforço do comportamento casulo envolvendo tudo o que tem a ver com o lar enquanto refúgio protetor, e uma clara valorização de atributos ligados à saúde, bem-estar e segurança.

É neste contexto que o Marketing Low Touch irá assumir um papel decisivo. Na essência, o marketing permanecerá o mesmo: continuará a servir para ajudar as empresas a atraírem compradores, a venderem com rentabilidade e a reterem os clientes que efetivamente interessam. Ou seja, continuará sendo uma importante ferramenta para a criação de valor e, consequentemente, para a sustentabilidade e sucesso das organizações.

O foco e a abordagem é que irão mudar. A necessidade de manter o distanciamento social e a enorme expansão do digital irão permanecer. A comunicação online, o e-commerce e o recurso a big data, inteligência artificial e internet das coisas serão cada vez mais importantes dentro das estratégias de marketing. Tudo isto é fantástico, mas a última coisa que os marketeers desejam é que daqui resulte um afastamento dos consumidores em relação às marcas. Ora para assegurar que o envolvimento se mantém, é preciso trabalhar duas componentes essenciais do marketing: a confiança e a emoção.

Para gerarem confiança, as marcas devem, de forma consistente, cumprir a sua promessa de valor. Isto não significa que todas tenham de ser premium pois haverá sempre espaço para os diferentes segmentos de mercado em termos de qualidade. Quer é dizer que, de acordo com as expectativas criadas em função do seu posicionamento, as marcas devem de forma recorrente cumprir aquilo que prometem.

Para isso devem apostar em quatro valores essenciais: segurança, personalização, transparência e proximidade. E, principalmente, devem encarar essa aposta como um investimento pois a confiança é algo que demora tempo  para ser conquistada.

Aposte na emoção, evidenciando um posicionamento que reflita não só o respeito pela privacidade e valores de cada cliente, mas também um forte comprometimento com as grandes causas sociais. A primeira e mais importante surge no domínio do marketing interno, pois tem a ver com a responsabilidade social perante os próprios colaboradores. Mas o compromisso com causas coletivas terá também de ser evidente na relação com os clientes uma vez que estes darão uma atenção crescente às marcas com cidadania. Isto é, àquelas que, mostrando que são parte integrante da sociedade, conseguem estar alinhadas com as grandes preocupações que estão no top of mind dos consumidores, refletindo os seus valores e aspirações: saúde, bem-estar, conforto, segurança, proteção, estabilidade.

Concluindo, a pandemia afeta as empresas de forma muito diversa. Algumas, como as ligadas ao turismo, restaurantes e imobiliário, observam uma queda nos negócios, em muitos casos de forma dramática. Já outras áreas de atividade registram aumentos significativos, como é a situação do comércio eletrônico e dos serviços de saúde. Mas, independentemente dos impactos que sofrem, aquelas empresas que de forma mais rápida inovarem no marketing, adaptando-se ao novo contexto low touch, serão aquelas que terão maior probabilidade de sucesso.

Fonte: Carlos Brito, vice-reitor da Universidade Portucalense

Assine a nossa Newsletter

Receba atualizações e aprenda com os melhores

Mais para explorar

Archetype

Os 12 arquétipos de Jung

Durante seu estudo sobre inconsciente coletivo, Jung definiu 12 arquétipos junto com suas motivações, conjunto de valores e características e acreditava que todo ser humano se

Melhore sua credibilidade e visibilidade. Obtenha mais leads.

Deixe-nos uma mensagem

Fale Conosco